Foto: João Tavares/Especial para o Blog de Josélia
A estreia de João Campos (PSB), filho do ex-governador Eduardo Campos, que faleceu no dia 13 de agosto em meio à campanha presidencial, causou polêmica no cenário político pernambucano. O jovem de 20 anos, que chegou a ser apontado como sucessor político de Eduardo, se pronunciou pela primeira vez no palanque na última sexta-feira (19), durante agenda do candidato socialista ao Governo do Estado, Paulo Câmara, no interior de Pernambuco.
“Meu pai, que sempre lutou pelas causas do povo, pela vontade e pelo desejo dos que mais precisam, estava na mais dura batalha que ele já tinha enfrentado. Era uma briga contra duas forças que há mais de 20 anos estão no poder e hoje vêm tirando a oportunidade do povo sonhar com um futuro melhor. E nós estamos aqui para continuar essa luta”, afirmou João Campos em Caetés, no Agreste.
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Por meio de sua página no Facebook, o deputado federal Paulo Rubem (PDT), vice do candidato de oposição ao governo, o senador Armando Monteiro Neto (PTB), criticou a participação de João Campos na campanha.
“Querem continuar fazendo da comoção com a morte de Eduardo uma armadilha eleitoral e da solidariedade à família pela perda do ex-governador um cabresto emocional para ganharem o voto das pessoas. Que coisa feia minha gente”, escreveu o pedetista, que disse que a fala do jovem foi leviana e classificou como vergonha o uso da emoção na campanha.
Foto: João Tavares/Especial para o Blog de Josélia
“As pessoas poderiam votar no candidatos dele pelas propostas e argumentos e não porque o ex-governador teve uma morte trágica. Por isso, agora , tentar transformar esse desejo dele e de seus aliados em obrigação alheia só porque Eduardo Campos faleceu é uma atitude absolutamente fora do debate das propostas, contrária ao processo democrático e à livre escolha do eleitor por suas convicções”, afirmou ainda Paulo Rubem.
Vice de Paulo Câmara na campanha, o deputado federal Raul Henry (PMDB) saiu em defesa de João Campos. “Vejo como lamentável a atitude de um homem com a idade e experiência de Paulo Rubem querer censurar, intimidar e constranger um jovem de 20 anos, para impedi-lo de exercer sua militância política”, afirmou o peemedebista, por meio de nota.
“João está participando da nossa campanha pela própria vontade, e o que ele tem falado em seus discursos nada mais é do que as ideias que ouviu o pai defender durante toda a vida”, explicou Raul Henry.
Para o peemedebista, o jovem está dando uma lição de coragem, maturidade e superação. “Chamar isso de apelação e manipulação é uma agressão injustificável. Mesmo diante da frustração da derrota iminente”, declarou Henry.
No início do ano, João Campos chegou a ser cogitado como candidato a deputado federal. Ele também foi cogitado para assumir a presidência da Juventude do PSB em Pernambuco, o que acabou provocando atrito com a vereadora do Recife Marília Arraes (PSB), prima de Eduardo Campos que acabou declarando apoio a Dilma Rousseff (PT) na corrida presidencial.
Senador também reage
O candidato ao Senado pela Frente Popular, Fernando Bezerra Coelho ( PSB) durante o programa Falando Sério, na Rádio Cultura dos Palmares, fechando a série de entrevistas da emissora, acusou os adversários de estarem desesperados.
“Nossos adversários estão claramente desesperados, partindo para os ataques pessoais e baixando o nível. Nós vamos continuar mostrando as nossas propostas e defendendo o legado deixado por Eduardo Campos. O povo pernambucano quer este trabalho continue, porque ele melhorou a vida das pessoas”, disse Fernando.
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