“Mandacaru pode sim dá sombra e encosto”, por Gervásio Lima Pular para o conteúdo principal

“Mandacaru pode sim dá sombra e encosto”, por Gervásio Lima


Mandacaru quando fulora lá na seca, é o sinal que a chuva chega no sertão ...


Um pé de mandacaru situado em uma pequena propriedade localizada no povoado de Quebra-Côco, próximo ao município de Caém, há anos vem chamando a atenção dos moradores e de visitantes e já está sendo considerado patrimônio cultural e atração turística da localidade. A robustez da árvore e sua altura vão de encontro à média das plantas da mesma espécie.

Conforme informações de vizinhos ao ‘Mandacaru Gigante do Quebra-Côco’, como é conhecida, a planta já atingiu mais de 10 metros de altura, antes de ser radicalmente podada para servir de alimento para animais (a altura máxima das plantas comuns chega a 6 metros). Somente suas ramas cortadas de uma única vez foram suficientes para encher a caçamba de dois caminhões. Os moradores lamentam a poda, mas se dizem aliviados ao perceberem que o caule da planta voltou a ramificar.

O terreno onde o mandacaru se encontra foi adquirido recentemente pelo empresário Joilson Lima. Segundo ele seu primeiro contato com a árvore “foi como um amor à primeira vista”. Joilson prometeu em conservar o famoso cacto e, principalmente, nunca mais podá-lo. “O mandacaru é o nosso xodó. Irei preservá-lo, assim como as demais árvores nativas que encontrei, para manter a história ambiental do local viva para as gerações futuras”, enfatizou.

De acordo com a definição dos dicionários, mandacaru significa “cacto (Cereus jamacaru), da família das cactáceas. Nativo do Brasil, de porte arbóreo, ramificado, com flores grandes que se abrem à noite, típico da caatinga, onde serve de alimento ao gado, é também cultivado como ornamental e por propriedades terapêuticas”.

O Mandacaru nasce e cresce no campo sem qualquer trato cultural. A semente espalhada pelas aves ou pelo vento, não escolhe lugar para nascer. Até sobre telhados pode ser encontrado pé de mandacaru. A espécie, típica do Bioma Caatinga, pode atingir 5 até 6 metros de altura. Adaptada a viver em ambiente de clima seco, com quantidades de água reduzidas, suas folhas se transformaram em espinhos que são elementos de defesa frente aos animais herbívoros. Por ter espinhos no lugar das folhas, a maioria de suas espéicies não faz sombra nem dá encosto para pessoas ou bichos, daí o simbolismo verbal: “mandacaru, nem dá sombra nem encosto”.

Alimento - Existe uma variedade sem espinhos, mas a variedade mais comum é altamente espinhenta e assim como as desespinhadas é usada também na alimentação de animais, quando seus espinhos são queimados ou cortados. Esta variedade tem sido a salvação dos animais que restam neste período mais seco dos últimos 50 anos, vivido atualmente na maioria do nordeste do Brasil, principalmente nos estados da Bahia, Pernambuco, Piauí e Paraíba. Para alimentação do gado se corta e queima a parte espinhosa. O mandacaru resiste a secas, mesmo das mais fortes.

Suas flores são brancas e pode chegar a aproximadamente 30 centímetros de comprimento. Entre suas principais curiosidades estão o tempo de vida de suas flores. Os botões das flores geralmente aparecem no meio da primavera e cada flor dura apenas um período noturno, ou seja, desabrocham ao anoitecer e ao amanhecer já começam a murchar. Seu fruto tem uma cor violeta forte, a polpa é branca com sementes pretas minúsculas, e serve como alimento para diversas aves típicas da caatinga, como o Cancão e o Periquito. Algumas pessoas também fazem uso da fruta na culinária.

A identificação do mandacaru com o povo nordestino e sua cultura não está somente relacionada aos períodos de estiagem. Por apresentar características como durabilidade, adaptabilidade e beleza, se identifica ainda através do folclore popular por conta da sua resistência em áreas consideradas de difícil sobrevivência. O sertanejo associa à floração do mandacaru a chegada das chuvas.

Pedagógico - Em trabalho divulgado na internet, a pedagoga com pós graduação em psicopedagogia, Cristina Chabes, que atua na rede estadual de ensino na capital paulista, mesmo reconhecendo que nunca viu um mandacaru de perto, escolheu a música ‘Xote das Meninas’, do rei do baião, Luiz Gonzaga, para ensaiar uma festa junina com seus alunos. Segundo a professora Cristina, a partir da apresentação da música, onde a planta aparece como uma identificação do povo nordestino e sua cultura, surgiram diversas curiosidades e o interesse dos alunos em conhecer e pesquisar sobre a história, cultura, hábitos e músicas da região, principalmente da Caatinga. “Luiz Gonzaga consagrou o mandacaru com o xote das meninas em 1953, onde ele cantava que ‘mandacaru quando fulora na seca é o sinal que a chuva chega no Sertão...’. O compositor menciona um pouco da história da sua região e das dificuldades vividas pelo povo nordestino”, justificou a escolha da música que tem o Mandacaru como símbolo principal da letra da música.

Medicinal - Conforme informações contidas em um dos maiores cadastros de ervas medicinais da internet brasileira, o site Plantas Que Curam o mandacaru é considerado também como uma planta medicinal. Tendo como princípios ativos, o ácido nucleico, lipídios, proteínas e resina, ele é diurético (atua no rim, aumentando o volume e o grau do fluxo urinário. Também promovem a eliminação de eletrólitos como o sódio e o cloro, sendo usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardíaca ou cirrose hepática) e cardiotônico (com capacidade de aumentar a força de contração dos músculos cardíacos). É indicado no tratamento da afecção pulmonar, catarro da bexiga e retenção da urina; tem poder estimulante e tônica para o coração; a partir do consumo de suas flores ‘in natura’ ou secas, polpa dos frutos, caule batido em liquidificador com água e de pomada feita da tintura da seiva do caule.

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