O Caco na nossa vida Pular para o conteúdo principal

O Caco na nossa vida

Sempre que saíamos de casa, ao chegar o encontrávamos nos esperando no portão. Ao nos avistar deitava e rolava expondo a barriga branca muito fofa, para ser amassada. Lindo!
Por Madalena Maria da Silva- See more at: http://www.selecoes.com.br/o-caco-na-nossa-vida#sthash.bbSMqGll.dpuf


Em fevereiro de 2000, uma gata de rua de pelagem preta e olhos verdes – o que lhe valeu o apelido de ‘Esmeralda’, dado por minha vizinha – teve três filhotes na calha do telhado de nossa casa. Como se aproximava um período de chuvas, providenciamos a remoção da ‘família’, colocando-os numa caixa e alimentando a Esmeralda para que ela se mantivesse bem abrigada com os filhotes.
 
No entanto, Esmeralda não aceitou a hospedagem e fugiu levando dois gatinhos. Esperamos que ela voltasse para buscar o terceiro, mas isso não aconteceu. Cheguei a me sentir culpada por ter me intrometido.
 
Sentindo-me na obrigação de cuidar do gatinho abandonado, adotei-o ainda com os olhinhos fechados. Seriam verdes como os da mãe? Comecei alimentá-lo por conta-gotas, com leite diluído em água e ele sobreviveu. Como era minúsculo e arrepiado, passei a chamá-lo de ‘Catito’.
 
Com a falta dos ’banhos de lambida’ da mãe biológica, os olhos dele demoraram muito para abrir. Parecia que era cego, pois corria pela casa dando trombadas em tudo. Por outro lado, apesar de limpá-lo com papel higiênico umedecido sempre que ele evacuava, o pequenino desenvolveu um fedor intenso, dava para sentir de longe. Um dia o mergulhei num banho morno, o sequei com um secador de cabelos, e o ‘Catitinho’ dormiu tanto, que pensei tê-lo matado. Parou de feder!
 
Então começou a ficar com a barriga enorme, minha tia disse que era por causa dos vermes, uma vez que não adquiria anticorpos do leite materno. Passei a usar hortelã no leite – ele gostou – e curou-se, crescendo forte e saudável. Ficou tão grande e bonito que causa admiração. Então, passamos a chamá-lo de ‘Caco’. Para evitar que ele se tornasse arruaceiro, nós o castramos.
 
Tudo ia muito bem com o nosso ‘Caco’, sempre brincalhão, carinhoso, ótimo caçador. Vez por outra chegava em casa a nos chamar alvoroçado e, ao atendê-lo, recebíamos uma caça: pardal, borboleta, rã, lagartixa, que descartávamos logo que ele se descuidava, pois depois de brincar atirando-os para o alto, largava a caça, com a tranqüilidade do ‘senso de dever cumprido’, tomava seu ‘banho de lambida’ e dormia placidamente.
 
Sempre que saíamos de casa, ao chegar o encontrávamos nos esperando no portão. Ao nos avistar deitava e rolava expondo a barriga branca muito fofa, para ser amassada (sua pelagem é rajada no dorso com focinho, patas e barriga brancos). Lindo!
 
Até que no início de 2006 ele ficou com dificuldade para urinar. Na clínica veterinária tentaram introduzir uma sonda, mas foi diagnosticada uma atrofia da genitália, o que lhe rendeu uma amputação total, com a urina passando a ser expelida por um orifício excretor. Depois que recebeu alta veio para casa e, mesmo usando um colar vitoriano ele conseguiu alcançar a cirurgia e arrancou a sonda e o curativo. Lambendo-se tirou os pontos, o que causou uma infecção. Outra cirurgia foi necessária para remover os tecidos necrosados, e ele passou um novo período internado. Quando finalmente voltou para casa, estava com um colar vitoriano para cães – adaptado para ele –, magro e debilitado devido ao longo confinamento. Mal se aguentava em pé!
 
Depois da recuperação a veterinária pôs uma foto dele no mural da clínica num lugar de destaque. No entanto, há dois meses nosso estimado ‘Caco’ entrou em crise, novamente com dificuldade para urinar, febre e dor, quando conseguia urinar um pouco, era com sangue, o que nos deixou angustiados. Passamos a lhe dar o medicamento usado no tratamento anterior e ele vive altos e baixos, mas é sempre meigo, ativo, brinca e caça menos. Contudo, não deixa de ser o primeiro a receber quem chega em casa e de fazer charminho para as visitas, rolando no chão e exibindo a fofíssima barriga branca, para os afagos.
 
Sabemos que um dia ele partirá para o paraíso dos gatos, mas gostáramos que esse dia demorasse bastante. Não consigo imaginar como me sentirei quando jogar a colcha sobre minha cama e ele não chegar no mesmo instante dando aquela amassadinha com as patas e esparramando-se para dormir o dia quase todo! Ou mesmo quando começar raiar o sol, o gorjeio dos pássaros anunciarem um novo dia e ele não chegar ao meu quarto chamando-me para abrir a porta da casa para ele sair. De uma coisa tenho certeza, nunca esquecerei do companheirismo enquanto cuido do jardim, da brincadeira de esconde-esconde para me dar ‘susto’ quando me aproximo (agora já não tão frequentes), dos filmes que assistimos dividindo o mesmo sofá e tantos momentos agradáveis que ainda desfrutamos. Que bom, ‘Caco’ que você ainda está conosco! 
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