- Jim Watson/ AFPDonald Trump discursa como presidente eleito dos Estados Unidos
Donald Trump não só venceu as eleições e se tornará presidente dos Estados Unidos em janeiro como o seu partido terá maioria no Congresso abrindo caminho para que uma série de propostas se torne realidade.
É impossível prever que elementos da retórica de campanha continuarão sendo defendidos e o que, de fato, seria aprovado pelo Congresso.
Mas, com base no que foi dito durante a campanha, confira 8 áreas que podem mudar com Trump na Casa Branca:
1 – Imigração dificultada e muro na fronteira com o México
Tanto Barack Obama quanto Hillary Clinton apoiavam reformas no sistema de imigração americano, que dariam cidadania a imigrantes ilegais que hoje vivem nos Estados Unidos.
Já Trump declarou que pretende deportar 11 milhões de imigrantes ilegais e barrar totalmente a entrada de imigrantes muçulmanos nos Estados Unidos.
Sua promessa de construir um muro na fronteira com o México gerou revolta entre parte da comunidade hispânica no país.
Ao final da campanha, Trump não mudou o tom prometendo, por exemplo, "veto extremo" à imigração. Não deu detalhes, entretanto, sobre quais políticas iria realmente adotar. No entanto, é praticamente certo que as medidas prometidas pelos democratas não sejam implementadas.
2 – Suprema Corte mais conservadora
No momento, a Suprema Corte americana está dividida. Quatro juízes são considerados conservadores e outros quatro são considerados liberais. Falta nomeação do nono integrante.
Com a vitória, Trump poderá indicar mais um juiz conservador para a vaga criada pela morte de Antonin Scalia, em fevereiro.
Com o Senado nas mãos dos Republicanos, não deverá ser difícil para o novo presidente preencher os lugares ocupados por alguns juízes liberais prestes a se aposentar com juízes conservadores. Um supremo menos liberal e mais simpático às causas conservadoras, facilitaria a relação com o Executivo americano.
3 – Mais protecionismo econômico
Trump se manifestou contrário às políticas de comércio da China e prometeu proteger a indústria americana. Sua ameaça de impor tarifas punitivas pode gerar uma guerra tarifária.
Trump já se declarou contrário ao acordo de livre comércio entre os países do Pacífico, a Parceria Trans-Pacífica, que seria firmado entre Estados Unidos, Japão e outros dez países com costa no oceano Pacífico.
O Nafta, acordo entre Estados Unidos, México e Canadá também pode vir a sofrer revisões.
A relação comercial com o Brasil não foi tema de campanha, mas, em 2015, Trump citou o país em uma fala sobre relações comerciais injustas com os Estados Unidos. O discurso protecionista do candidato, portanto, pode entrar em colisão com expectativas do Brasil de exportar mais e amenizar o déficit que acumula com os Estados Unidos
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