BRASÍLIA -
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, avaliou que o segundo pedido de abertura de inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) não tem a ver com as investigações da operação Lava Jato e, por isso, também deveria ser redistribuído a outro relator. Assim, o ministro encaminhou o caso para a análise do presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, e sugeriu que o segundo pedido também ficasse com o ministro Gilmar Mendes.
Para Teori, a investigação sobre se houve manipulação de dados do Banco Rural para esconder o mensalão mineiro durante a CPI dos Correios, tem conexão com o inquérito aberto por Gilmar sobre o suposto envolvimento de Aécio com o esquema de propina em Furnas.
Os dois pedidos de investigação foram feitos pela Procuradoria-Geral da República, a partir da delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral. Por isso, inicialmente, os casos foram enviados a Teori, já que ele é o responsável pela Operação Lava Jato na Corte.
Caberá a Lewandowski decidir se encaminha o caso a Gilmar. Se também relatar o caso, o ministro terá que decidir se abre ou não o segundo inquérito contra Aécio. Gilmar havia autorizado a abertura de investigação sobre o caso de Furnas, mas na quinta-feira suspendeu as diligências requeridas e remeteu o caso para ser reavaliado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O ministro tomou a decisão depois da manifestação da defesa de Aécio, que alegou que não havia elementos novos para a abertura do inquérito.
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