Hoje é o Dia Mundial de Luta contra a Aids. E isso não é pouca coisa. Essa doença, que matou milhões nos anos 80, pessoas que nem sabiam nem do que estavam morrendo, ainda é uma preocupação mundial. O Brasil é uma das lideranças mundias no tratamento ao paciente HIV positivo por fornecer gratuitamente coqueteis de medicamentos que reduzem o aparecimento dos sintomas da doença – diminuindo, assim, sua letalidade. Mas pessoas ainda morrem de aids no Brasil, e no mundo, a doença não tem cura e a forma de transmissão mais comum é através do sexo.
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Segundo um boletim do Ministério da Saúde, entre 1980 e junho de 2011, 608.230 pessoas foram infectadas com o HIV no Brasil – 241.469 morreram, 11.965 só no ano passado. Um relatório da Unaids, da ONU, mostrou que, em 2010, 34 milhões de pessoas no mundo viviam com o vírus HIV. Dessas, 1,8 milhão morreram por conta de complicações ligadas à aids. Felizmente, o número de contaminações e mortes vem diminuindo ano a ano. Isso não significa, no entanto, que devemos afrouxar a prevenção.
Por isso fiquei preocupada com um dado revelado pelo Instituto Kaplan, centro de estudos da sexualidade humana, no começo desse ano. Em uma pesquisa com 1.700 jovens sobre as DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), 37% não conheciam a maioria delas. Pior: parte achava que aids era sinônimo de DST – e não uma dentre tantas outras doenças. Se desconhecem as doenças, é muito provável que desconheçam o risco de contraí-las, e como se prevenir.
O instituto montou uma exposição em São Paulo sobre camisinha para conscientizar os jovens, sobretudo as meninas de 13 a 19 anos, única faixa etária em que a taxa de mulheres infectadas é maior do que homens no país. “Por dentro da Camisinha” permitiu uma experiência sensorial sobre textura e colocação da camisinha aos visitantes e provou que esse tipo de educação funciona. A entidade aplicou um questionário a 1.625 jovens e adolescentes antes e depois de visitarem a exposição. O resultado mostrou que 71% derrubaram mitos sobre a sensibilidade da camisinha e 78% mudaram de ideia sobre a colocação da camisinha feminina.
A exposição
Ao entrar na exposição, os jovens ganham jalecos de “testadores de qualidade” de camisinha e dão notas para elas. Depois de um jogo, eles entram numa camisinha gigante para perceber a importância de sua proteção. Em seguida, passam pela demonstração da colocação do preservativo feminino e do masculino, teste de elasticidade (vestir a camisinha na mão como luva) e perceber estímulos suaves (como sopro) e mudanças de temperatura e textura (contato da mão com preservativo em gel com temperatura fria/gelada). O objetivo é quebrar mitos associados ao uso do preservativo. No encerramento da oficina, eles preenchem outra ficha com novas notas.
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