Eliel Santana é o atual suplente do senador João Durval
Há dez meses na base de sustentação do governo estadual, o PSC começa a se articular com vistas a 2014 e integra o grupo de partidos que pleiteiam voos mais altos na sucessão do próximo ano. A sigla partidária pleiteou junto ao governador Jaques Wagner (PT) espaço na chapa ao governo, sendo mais uma peça no xadrez da disputa, já que outros partidos também anseiam participação na briga que ainda tem a vaga da vice. Porém, diante da pouca chance, já que o próprio governador restringiu a escolha ao PP dos deputados federais Mário Negromonte e João Leão, e ao PDT, do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo – decisão que deve sair em março –, o PSC se prepara para se mostrar no cenário como uma “alternativa”.
Nessa busca por maior crescimento, o presidente estadual da legenda, o ex-deputado Eliel Santana, ressaltou o projeto de partir para uma eleição ao Senado, se apresentando como uma opção individual na corrida. “Pra ser sincero, é lógico que gostaríamos muito de ter apoio do governador, mas, se isso não se concretizar, não vejo como impeditivo apresentarmos uma candidatura alternativa”, disse, se referindo à ausência de necessidade de verticalização, onde não é preciso colar a candidatura a alguma chapa majoritária.
O dirigente justifica que agora é o momento do partido ampliar-se nos poderes. Além disso, ele citou a candidatura à Presidência da República do vice-presidente nacional do PSC, Everaldo Pereira, e chegou a mencionar a suplência do senador João Durval (PDT). “Há duas eleições não concorremos. Demos uma contribuição que não foi contabilizada na eleição de João Durval, em 2006. Em 2010 fomos convidados para a vice do ex-ministro Geddel Vieira Lima (à época candidato ao governo)”, disse, sinalizando que sempre interessou aos demais partidos o apoio do PSC. Nessa conjuntura, os socialistas-cristãos decidiram ainda pelo lançamento do presidente municipal do partido, vereador Heber Santana, na corrida por uma vaga na Assembleia Legislativa. O atual deputado Erivelton Santana tentará a reeleição para a Câmara Federal.
Antes de chegarem à conclusão de que deveriam lançar uma candidatura própria ao Senado, sem deixar de apoiar o candidato governista Rui Costa, eles conversaram com Wagner na Governadoria. “Falamos ao governador, que entendeu o pleito do partido como justo. Ele reconheceu que o partido tem que se colocar. Ele foi gentil e demonstrou que vai compreender o que cada partido tem colocado na discussão, mas não citou nomes de ninguém, nem nós mencionamos”, afirmou. Além do PSC, anunciou que almeja participação, o PCdoB, presidido na Bahia pelo deputado federal Daniel Almeida.
O vice-governador Otto Alencar (PSD), que na próxima terça-feira realiza evento em apoio à candidatura de Rui Costa (PT) ao governo, deve ser oficializado como candidato para o Senado, o que diminui automaticamente a oportunidade dos demais aliados. O PSC está presente atualmente na gestão de Wagner, no comando do Ibametro, que tem como principal responsável o socialista-cristão Osnir Bonfim. Eliel pondera ao falar da possibilidade de integrar-se as outras frentes da administração. “O PSC não pode reclamar, pois foi o último partido a entrar na base. Nós só fomos para o lado do governo na campanha de Nelson Pelegrino (PT)”, disse se referindo à corrida pela Prefeitura de Salvador em 2012. Na Assembleia Legislativa, o PSC tem como integrantes os deputados Vando e Maria Luiza Orge.
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