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Dados divulgados pelo Ipea dão conta de que assassinatos se relacionam à cor, condição social e escolaridade.

A pesquisa Participação, Democracia e Racismo? ,
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea) divulgada nesta quinta-feira apontou que, a
cada três assassinatos no País, dois vitimam
negros. Os dados foram apresentados pelo diretor
Daniel Cerqueira, no lançamento da 4ª edição do
Boletim de Análise Político-Institucional (Bapi).
Segundo a pesquisa, a possibilidade de o negro
ser vítima de homicídio no Brasil é maior
inclusive em grupos com escolaridade e
características socioeconômicas semelhantes. A
chance de um adolescente negro ser assassinado
é 3,7 vezes maior em comparação com os
brancos.
A pesquisa mostra ainda que negros são maiores
vítimas de agressão por parte de polícia. A
Pesquisa Nacional de Vitimização mostra que em
2009, 6,5% dos negros que sofreram uma
agressão tiveram como agressores policiais ou
seguranças privados (que muitas vezes são
policiais trabalhando nos horários de folga),
contra 3,7% dos brancos.
Segundo Daniel Cerqueira, mais de 60 mil
pessoas são assassinadas por ano no País e há
um forte viés de cor e condição social nessas
mortes: “Numa proporção 135% maior do que os
não-negros. Enquanto a taxa de homicídios de
negros é de 36,5 por 100 mil habitantes, no caso
de brancos, a relação é de 15,5 por 100 mil
habitantes”
O diretor do Ipea afirma ainda que “Há uma perda
na expectativa de vida devido à violência letal
114% maior para pessoas negras. Enquanto o
homem negro perde 20 meses e meio de
expectativa de vida ao nascer, a perda do branco
é de oito meses e meio”, explica Cerqueira.
De acordo com projeções do estudo, pelo menos
36.735 brasileiros de entre 12 e 18 anos serão
assassinados até 2016, em sua maioria por arma
de fogo, em caso de se manter o atual ritmo de
violência contra os jovens. Trata-se do maior
nível desde que o índice começou a ser medido
em 2005, quando a taxa era de 2,75 adolescentes
assassinados por cada mil.
Para Almir de Oliveira Júnior, pesquisador do
Ipea, e Verônica Couto de Araújo Lima,
acadêmica da área de Direitos Humanos da UnB,
se no Brasil a exposição da população como um
todo à possibilidade de morte violenta já é
grande, ser negro corresponde a pertencer a um
grupo de risco.
O estudo foi realizado pela Secretaria de Direitos
Humanos do governo federal, pelo Fundo das
Nações Unidas Para a Infância, o Unicef, pelo
Observatório de Favelas e pelo Laboratório de
Análise da Violência da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro.

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