BRASIL: NO TROCA TROCA DE PARTIDO DILMA SAI GANHANDO E DEVERÁ TER O MAIOR TEMPO DE TELEVISÃO NAS ELEIÇÕES DE 2014
Roberto de Sena, com informações da revista Caros Amigos
A presidente Dilma Rousseff navega em mar de brigadeira pelo menos neste final de ano com os números das pesquisas apontado um crescimento da primeira mandatária no período que antecede a pré-campanha para as eleições de 2014. Dilma deverá ter um fim de ano de sossego e tranquilidade saboreando os bons ventos em uma praia da Bahia onde ela passará o revellion.
Neste cenário as novas siglas ajudaram a fortalecer a base aliada da presidente. Foram 70 trocas de parlamentares eleitos em 2010, modificando sensivelmente as bancadas - e por consequência o valor do passe de cada partido no mercado do tempo de TV.
Neste jogo, a oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) saiu perdendo de goleada. PSDB, DEM e PPS perderam somadas, 29 deputados dos 111. O maior sangramento ocorreu no DEM, principal vítima da criação do PSD de Gilberto Kassab. O partido elegeu 43 deputados mas perdeu 11 deles.
O PSDB caiu de 53 eleitos na Câmara para 50. A perda mais relevante é do paulista Walter Feldmam que mudou-se para o PSB junto com Marina Silva. A perda do PPS é numericamente menor, mas proporcionalmente mais grave: de 12 deputados eleitos, a sigla de Roberto Freire tem hoje oito.
Curiosamente o maior perdedor da atual janela foi o partido que mais apareceu: o PSB elegeu 34 deputados e hoje conta com 25, após o racha do clã dos Gomes, no Ceará, que desembarcou no recém criado Pros.
No frigir dos ovos a presidente Dilma contabilizou uma boa vantagem. Ela pode chegar a 12 minutos e 30 segundos na propaganda eleitoral de televisão se permanecerem na sua base aliada os 16 partidos: PT, PMDB, PCdoB, PDT,PR, PRB, PP, PTB. PSD, PSC, PMN, PTC, PTdoB, PRTB, PHS e o novato Pros. Como existem muitas siglas de aluguéis nesta sopa de letrinhas ainda podem ocorrer mudanças ou para mais ou para menor a depender do balcão de negócios que se estabeleça.
O segundo colocado seria o PSDB de Aécio Neves (ou José Serra). Se somar o apoio do novo Solidariedade aos parceiros tradicionais DEM e PPS, o partido terá perto de 3 minutos e 30 segundos menos do que dispunha em 2010.
Novamente, o PSB chega por último. Sem contar até o momento com nenhuma adesão partidária, Eduardo Campos (ou Marina) podem contar hoje apenas com 46 segundos. Terão que se virar não nos 30 do Faustão mas nos 46. Isso é uma dificuldade mas não um empecilho. Principalmente se considerarmos que no segundo turno (se ocorrer), os dois candidatos que disputarão terão tempos iguais. Esta é a hora da onça beber água.
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