Pouco antes de deixar a presidência da República, Fernando Collor disse que Ulysses Guimarães era gagá e vivia à base de remédios. "Infelizmente, passei uma fase tomando remédios", disse Ulysses no programa de Jô Soares. "Mas os meus remédios, as minhas drogas, eu as comprava legalmente, nas farmácias, com receitas médicas e controladas".
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| Relata episódios ocorridos em torno de um ícone da política brasileira |
Ao longo das décadas de vida pública, Ulysses colecionou inimizades, frases curiosas e apelidos, como "senhor diretas" e "senhor impeachment". O jornalista Jorge Bastos Moreno compilou alguns desses episódios em "A História de Mora".
Os casos são narrados pelo ponto de vista da mulher do político, Ida Malani de Almeida, apelidada de Mora pela avó. O volume é composto por textos curtos que percorrem fatos da política do Brasil no século 20.
Com o subtítulo "A Saga de Ulysses Guimarães", o livro narra histórias que envolvem Tancredo Neves, Juscelino Kubitschek, Severo Gomes, Orestes Quércia, Fernando Henrique, Paulo Maluf, José Sarney e Lula, entre outros.
"Algo como vivenciar um drama de Shakespeare por meio de um contrarregra ou servente", escreve antropólogo Roberto DaMatta na introdução. "Uma figura cuja participação na peça é humilde, mas crítica".
Jorge Bastos Moreno trabalhou no "Jornal de Brasília" e no "Jornal do Brasil". Com mais de 40 anos de profissão, o jornalista é diretor do Infoglobo em Brasília e criador do blog Rádio do Moreno. Ele jura que uma viagem com a atriz Mariana Ximenes serviu como inspiração para escrever o livro.
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