Partido de Marina Silva vai discutir com o PSB uma mudança na estratégia que vinha sendo discutida por Eduardo Campos, incluindo aposta em territórios com poucas chances de vencer
A ex-senadora Marina Silva e o presidente do PSB e governador de Pernambuco Eduardo Campos se reúnem nesta quinta-feira (10) em São Paulo para desenhar a geografia dos palanques regionais que a dobradinha terá em 2014. O foco da Rede Sustentabilidade, partido ainda informal criado pela ex-senadora, é pressionar o PSB para que a legenda de Campos mude a rota estratégica que vinha discutindo nas alianças estaduais. "Havia estados em que o PSB estava em uma rota de coalizão e estamos discutindo candidaturas próprias", afirma o coordenador da Rede, Bazileu Margarido.
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A proposta da equipe de Marina será pela construção de chapa para disputar os executivos estaduais em estados com mais votos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. "Em estados mais populosos e com peso eleitoral maior é importante ter candidato", diz Margarido.
Em São Paulo, o PSB negocia uma coligação com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). O nome do deputado Márcio França chegou a ser cotado como vice. A Rede, entretanto, tenta articular o nome do deputado Walter Feldman na eleição paulista.
Integrantes da Rede e do PSB se debruçaram sobre o mapa brasileiro na última terça-feira (8) para observar os estados onde pode haver entendimento e conflito. "Foi uma reunião para começar a fazer um balanço. Estamos juntos na coligação nacional e vamos discutir os Estados caso a caso para construir um caminho", diz o coordenador de Organização da Rede, Pedro Ivo Batista.
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Há discordâncias em regiões como o Distrito Federal, onde o PSB trabalha uma candidatura do senador Rodrigo Rollemberg, conflitando com o marineiro José Antônio Reguffe (PDT), que acabou permanecendo em seu partido de origem.
Reguffe já começa a considerar como plano B disputar uma vaga no Senado, com ou sem o apoio de Marina. O discurso do coordenador da Rede é de que haverá apoio incondicional ao nome de Reguffe. “A Rede vai apoiá-lo ao que ele quiser”, diz Batista.
No Rio de Janeiro, o novo integrante do PROS Miro Teixeira entra na conta da Rede como um nome que pode vir a ser apoiado em 2014. "O Miro é um nome forte e é nosso amigo", diz Margarido.
Outra soluções devem demandar um apoio isolado de Marina. É o caso da ex-senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), que se preparava para disputar um retorno ao Senado pela Rede. Ela é desafeto do PSB alagoano, o que exige empenho redobrado de Marina. "A Heloísa é amiga da Marina e da Rede e vamos pensar em como fazer (para dar apoio)", diz Batista.
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