Marina e Campos se unem contra “falsa polarização” Pular para o conteúdo principal

Marina e Campos se unem contra “falsa polarização”

Ex-senadora se filia ao PSB e declara apoio à candidatura presidencial do governador de Pernambuco contra PSDB e PT. Objetivo, segundo ela, é “sepultar de vez a velha República”

É DUREZA VEIO PARA DILMA



A ex-senadora Marina Silva (AC) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), anunciaram neste sábado (5) uma “aliança programática” para quebrar a “falsa polarização” e a “velha política” brasileira. Essas expressões foram utilizadas por eles durante o ato de filiação de Marina e dos deputados Alfredo Sirkis (RJ) e Walter Feldman (SP), alguns dos principais mentores da Rede Sustentabilidade, partido que teve o registro negado pela Justiça eleitoral anteontem (3).
O ato também marcou o lançamento, extra-oficial, da pré-candidatura de Eduardo Campos à Presidência. Ambos evitaram falar na constituição de uma chapa nas eleições de 2014, mas deixaram claro que pretendem caminhar juntos em 2014 para se contrapor à disputa entre PT e PSDB, que domina o cenário nacional há duas décadas. Hoje é o último dia de filiação para quem pretende disputar as próximas eleições.
“Estamos quebrando uma falsa polarização que precisa ser quebrada na política brasileira”, disse Eduardo Campos, para um auditório lotado no Hotel Nacional, em Brasília. “Quem entendeu o que aconteceu nas ruas em junho não tem dificuldade em entender o que ocorre aqui”, acrescentou.
Realinhamento histórico
Com discurso marcado por críticas veladas ao PT, partido que deixou em 2009, Marina disse que decidiu procurar o governador pernambucano para lhe oferecer apoio ao seu sonho presidencial. “Não vim para pleitear candidatura, mas para apresentar um programa de realinhamento histórico e sepultar de vez a velha República”, disse a ex-petista, que foi a terceira mais votada na eleição presidencial de 2010, quando obteve quase 20 milhões de votos. Campos também ressaltou a necessidade de se “derrotar a velha política”.
“Essa aliança é importante também porque tem um governador que trabalhou para ter sua candidatura legítima a presidente da República, que vem trabalhando para não ser cassado como eu fui. Obviamente não ser cassado, mas ser minado”, declarou Marina.
A conversa entre os dois avançou ontem à noite, quando Marina decidiu se filiar a um partido para ter condições de disputar as eleições de 2014. “Essa coligação é programática, e não pragmática. A filiação é simbólica. Continuarei a ser porta-voz da Rede Sustentabilidade”, ressaltou a ex-senadora.
“Se não é possível um novo caminho. Há de se aprender nova maneira de caminhar”, afirmou a ex-ministra do Meio Ambiente. “Me perguntavam tanto de plano B. Não tinha plano B. Mas tenho um plano C. E o plano C é o Eduardo Campos, é o PSB”, acrescentou.
Vice, só em 2014
Questionada durante a entrevista coletiva se seria candidata a vice na chapa de Campos, Marina afirmou que não há nenhuma decisão nesse sentido. “Eu não sou uma militante do PSB, eu sou uma militante da Rede e ela ainda não fez essa discussão. No momento, a minha filiação é uma filiação para chancelar uma coligação que não é pragmática”, afirmou.
O governador de Pernambuco declarou que a definição sobre o assunto só será tomada em 2014, no “tempo certo”. Primeiro, ressaltou, é preciso discutir o conteúdo programático. “Não vamos atropelar”, disse.
Os dois admitiram a existência de divergências ideológicas e de práticas entre articuladores da Rede e integrantes do PSB. Mas disseram ser possível conviver com as diferenças. Um compromisso assinado pelas duas legendas destaca que a filiação de dirigentes da Rede é transitória até que o novo partido obtenha seu registro oficial. “Somos partidos autônomos”, frisou a ex-senadora.
Partido clandestino
Tanto no discurso quanto na coletiva, Marina disse ter receio de que esteja em curso um processo de “aviltamento da democracia” no Brasil. “É preciso entender que partido não é governo, e governo não é Estado”, afirmou. “Somos o primeiro partido clandestino criado na democracia.”
Segundo ela, a decisão da Justiça Eleitoral de não reconhecer 95 mil assinaturas coletadas para a criação da Rede, o que inviabilizou a legalização do partido, revela uma tentativa de miná-los. “Houve um esforço para inviabilizar a força política da Rede”, disse, sem citar nomes.
Na avaliação da ex-senadora, a aliança da Rede com o PSB preocupa os adversários políticos e mostra que a derrota e a vitória só podem ser medidas ao longo da história. “Apressam-se aqueles que pensam que a história se resume a uma canetada.”
Eduardo Campos também deu seu recado aos adversários. “Aqueles que esperavam nos colocar fora do processo, e reduzir a participação da sociedade, hoje estão refazendo suas contas. Esse seu ato é de coragem”, afirmou o governador. “Aqueles que pensaram que iam matar a Rede, estão vendo hoje nesse ato a Rede se agigantar”, emendou. O governador pernambucano disse que o grupo não fará oposição sistemática ao governo. “Saímos do governo há 30 dias pela porta da frente”, disse.
Parlamentares presentes
O ato de filiação de Marina e outros integrantes da Rede foi marcado pela presença de vários parlamentares e pela cúpula do PSB. A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), ex-companheira de Marina no PT, foi ovacionada ao entrar no auditório e homenageada pela ex-senadora.
O líder da bancada do PSB, Beto Albuquerque (RS), o ex-líder Márcio França (SP) e o deputado Romário (PSB-RJ), o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) estavam entre os integrantes da mesa. Parlamentares de outros partidos, como Miro Teixeira (RJ), que também pretendia se filiar à Rede e acabou indo para o recém-criado Pros, e Reguffe (DF), que decidiu permanecer no PDT, também prestigiaram a filiação

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