Oposição diz que adiamento de viagem aos EUA é jogada eleitoral Pular para o conteúdo principal

Oposição diz que adiamento de viagem aos EUA é jogada eleitoral

  • Senadores da base do governo avaliam que presidente agiu com respeito aos brasileiros
  • Na Câmara, decisão de adiar viagem é vista como comportamento ideológico











BRASÍLIA — A oposição reagiu nesta terça-feira ao adiamento da visita oficial que a presidente Dilma Rousseff faria ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em outubro, devido à insatisfação com as respostas do governo americano pelo episódio de espionagem. Para senadores do PSDB e do DEM, a decisão do Palácio do Planalto levou mais em conta uma estratégia de marketing eleitoral do que os interesses do país.
“Abdica-se mais uma vez a defesa de interesses reais do Brasil para privilegiar uma ação de marketing eleitoral”, afirmou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), segundo nota do partido. “Na nossa avaliação, seria muito mais adequado que a presidente dissesse isso objetiva e claramente ao presidente americano e aproveitasse esta viagem não apenas para enfrentar esta questão, mas para defender os interesses da economia e, até mesmo, de determinadas empresas brasileiras”, disse.
Aécio defendeu que o governo deve fazer investimentos em defesa de redes e informações digitais. “Da mesma forma é inaceitável que o governo brasileiro não tenha gasto sequer 10% de uma verba orçamentária aprovada com defesa cibernética”, disse.

Na mesma linha de Aécio, Aloysio Nunes (PSDB-SP) chamou o ato de “marketing político”.
— Apoiamos uma reação forte da presidente Dilma de repúdio à espionagem. Mas, achamos que ela fez mal em cancelar a viagem, porque ela deveria aproveitar para dizer na Casa Branca que espionagem é intolerável. No contexto em que foi tomada, a decisão do cancelamento da viagem, fica claro que houve uma confusão entre diplomacia e marketing político. Isso foi feito para mobilizar os sentimentos de patriotismo no Brasil para fins eleitorais — disse o líder do PSDB, Aloysio Nunes (SP).
Do lado do governo, a defesa de que a presidente agiu com respeito ao país:
— A decisão da presidente levou em consideração o respeito ao Brasil e aos brasileiros — declarou o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI).
Para ele, a própria nota divulgada pelo Palácio do Planalto deixou claro que as interceptações não foram esclarecidas e que o governo americano não tem disposição de demonstrar que foi a última vez que isso ocorreu.
O líder petista acredita que a atitude de Dilma colocou o Brasil em outro patamar. Dias observou, porém, que as relações entre os dois países dependerá do futuro.
— Depende do que vai acontecer daqui para a frente.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) criticou a espionagem americana que, para ela, é uma prova de desrespeito total de um estado por outro. Ela elogiou o adiamento da viagem da presidente.
— É uma resposta esperada, mas está muito aquém diante de toda a agressão que o Brasil vem sofrendo. Não é o rompimento das relações bilaterais, mas um gesto.
O tucano Álvaro Dias (PSDB-PR) foi na mesma linha de Aloysio Nunes. Para o senador, a presidente deveria ir aos Estados Unidos para confrontar o presidente Barack Obama pessoalmente e exigir medidas de reparação ao Brasil pela espionagem.
— É uma jogada de marketing que não traz benefícios ao país, só à presidente, com vistas às eleições de 2014. Esconder a cabeça para não ver o que se passa ao redor não traz nenhum benefício. Se o governo acredita que houve essa espionagem indevida, tem que enfrentar e pedir explicações convincentes — aponta Álvaro Dias.
O líder do DEM, Agripino Maia (RN), acredita que o governo brasileiro deve dar uma resposta à altura para os Estados Unidos, para demonstrar seu repúdio ao episódio. No entanto, o senador acredita que o cancelamento da viagem poderá trazer mais prejuízo que benefícios ao país.
— Por trás da decisão há claramente o aconselhamento de uma equipe de marketing político-eleitoral. Há um lado bom e um lado ruim na decisão da presidente porque, ao mesmo tempo em que o Brasil precisa dar uma resposta à altura de sua estatura para essa bisbilhotice — disse Agripino.
O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que apesar de pertencer a uma partido da base governista mantém uma postura independente no Senado, também criticou a decisão do Planalto.
— A presidente quer tirar proveito desse episódio há mais de um ano da eleição para, no ano que vem, as pessoas verem que a coragem que ela não teve para enfrentar o presidente Morales na Bolívia, ela teve para enfrentar o Obama nos Estados Unidos — afirmou o senador.
Líderes aliados apoiam decisão da presidente
Na Câmara, os líderes aliados apoiaram a decisão da presidente, destacando que se trata de reação soberana do país. Para a oposição, no entanto, embora tenha que cobrar responsabilização dos envolvidos na espionagem dos dados brasileiros, Dilma não pode adotar o que chamaram de postura ideológica neste caso.
Para o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), a presidente deveria ter comportamento de estadista e não um comportamento "estritamente ideológico", referindo-se à atitude de cancelar a visita oficial ao país.
— O Brasil deve exigir reparação e penalização de quem cometeu espionagem, mas não cabe à presidente adotar um comportamento estritamente ideológico. O país já conviveu com situações como a da Bolívia, quando o presidente Evo Morales saqueou as refinarias brasileiras e o governo não tomou qualquer atitude.
O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse que já antevia esse cancelamento, já que a presidente Dilma deixou pública sua insatisfação com a espionagem e cobrou providência para que a visita fosse mantida:
— Foram declarações (as do presidente Barak Obama) de no máximo amizade. Então, para não colocar o país em relação subalterna, concordo com o adiamento. Dá uma demonstração de que o Brasil não aceita esse tipo de atitude, que os fóruns internacionais serão acionados e que a relação entre os país têm que ser bilateralmente respeitadas — disse Chinaglia.
O líder do PT, José Guimarães (CE), classificou como "corajosa" a atitude da presidente e diz que ela pauta a relação entre os dois países.
— Foi muito importante, a presidente tomou uma decisão corajosa. Ninguém deve temer os Estados Unidos. Qualquer grito não pode nos inibir. O telefonema do Obama não resolveu. Ela suspendeu a visita temporariamente e, enquanto isso, prossegue o diálogo entre os dois países — disse o petista

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