"Mudança da política econômica, já!"
PPL reúne Diretório Nacional e apoia mobilização contra política de superávit primário à custa do país e da população
Sem mexer no superávit primário, não há recursos para melhorar a situação da Saúde, Educação e Transporte, nem para o Brasil retomar o caminho do crescimento, segundo o presidente nacional do Partido Pátria Livre (PPL), Sérgio Rubens de Araújo Torres, em entrevista ao HP. “O setor público não pode continuar entregando aos bancos e fundos R$ 230 bilhões por ano, enquanto deixa de investir no que é prioritário”, afirma. O PPL reuniu seu Diretório Nacional, nos dias 13 e 14 de julho, em São Paulo.
HORA DO POVO- Como a direção do PPL avalia a nova situação política surgida após os recentes protestos de rua ocorridos em todo o país?
SÉRGIO RUBENS - Dilma foi eleita há dois anos e nove meses sob a bandeira de avançar nas mudanças realizadas por Lula. Mas o fato é que retrocedeu em todas as frentes. Abandonou a política econômica de crescimento acelerado com base na elevação do investimento público, recuperação dos salários e expansão do mercado interno, marca registrada do governo Lula, especialmente em seu segundo mandato. Adotou as velhas fórmulas neoliberais de cortar o investimento público para gastar mais com juros e de escancarar o país aos capitais externos, na vã esperança de que daí viriam os investimentos necessários ao nosso desenvolvimento. Cancelou projetos vitais como a reativação da Telebrás; a exploração racional das riquezas do pré-sal, priorizando a engenharia nacional na extração e no refino; a construção de uma indústria da defesa à altura dos nossos desafios. Travou a recuperação do salário mínimo, arrochou o funcionalismo, fez campanha contra o aumento do salário real em todas as categorias. O resultado é que o crescimento econômico desabou, os serviços públicos deterioraram, a situação do povo piorou e o otimismo foi dando lugar a um mal-estar que mais cedo ou mais tarde iria explodir na ruas.
HP - O partido viu alguma diferença entre as manifestações de junho e o ato das Centrais e Movimentos Sociais realizado no último dia 11 de julho?
SR - Em junho a mídia golpista pegou carona na luta pela redução da tarifa dos transportes, que era justa, procurando desvirtuá-la de todos os modos, martelando suas bandeiras reacionárias e promovendo mascarados e coxinhas a manifestantes. Houve alguma confusão: passe livre, abaixo a Copa, abaixo os políticos, os partidos, impeachment da presidente etc... Mas as Centrais Sindicais e os Movimentos Sociais limparam a área e estão direcionando as manifestações para o rumo certo, com uma pauta de nove pontos que podem ser sintetizados numa frase: Mudança da política econômica, já!
HP- Qual a opinião do partido sobre a proposta de pacto dos cinco pontos apresentado pela presidente Dilma?
SR - Não é uma proposta séria, pois o primeiro ponto é não mexer no superávit primário, ou seja, no dinheiro que é tirado do orçamento para ser gasto com juros. E sem mexer nesse caixa não há recursos para melhorar a situação da Saúde, Educação e Transporte, nem para o Brasil retomar o caminho do crescimento. O setor público não pode continuar entregando aos bancos e fundos R$ 230 bilhões por ano, enquanto deixa de investir no que é prioritário.
HP - A presidente anunciou ampliação de recursos para o SUS, defendeu projeto que destina 100% dos royalties do petróleo para a Educação e disse que vai liberar mais R$ 50 bilhões para Mobilidade Urbana. Como O PPL vê essas medidas?
SR - Não houve ampliação de recursos para o SUS. Por isso, a pauta dos trabalhadores está cobrando 10% da receita corrente bruta para a Saúde, que retoma o patamar da Emenda 29, aprovada no Congresso e vetada por Dilma em janeiro de 2012. Isso significa para a Saúde mais R$ 35 bilhões por ano, além do atual limite mínimo constitucional. Na proposta da presidente, as despesas com contratação emergencial de médicos, ativação de hospitais universitários e o segundo ciclo da graduação - medidas muito bem-vindas, que contam com nosso integral apoio - deverão correr fundamentalmente por conta dos combalidos orçamentos dos Ministérios da Saúde e Educação. É uma razão a mais para que eles sejam elevados. A MP que o governo encaminhou ao Congresso sobre royalties do pré-sal para a Educação era irrisória, previa apenas R$ 25 bilhões ao longo de 10 anos (2,5% do Orçamento do MEC). A Câmara multiplicou esse valor por 12, e destinou 75% do bolo para a Educação e 25% para a Saúde. Por pressão do governo, o Senado cortou R$ 171 bilhões. E a Câmara está lutando contra essa pressão para repor os R$ 171 bilhões. Mas é preciso não esquecer que os royalties do pré-sal só começarão a entrar em volume apreciável a partir de 2017. Sobre mobilidade urbana, até agora só ouvimos falar dos projetos ligados à Copa, que já estavam em execução.
HP- Como o PPL interpreta a decisão anunciada pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, de garantir “a qualquer custo” o cumprimento da meta de superávit primário para este ano?
SR - É uma decisão insustentável.
HP- O que achou da decisão do Banco Central de subir mais meio ponto percentual na taxa de juros (Selic) na véspera do protesto convocado pelas Centrais Sindicais?
SR - Lamentável sob todos os aspectos.
HP - Setores do governo e do PT têm afirmado que a política econômica dos últimos dez anos - governo Lula e Dilma - é vitoriosa e não deve mudar. Qual a opinião do PPL?
SR - Lula passou a faixa à Dilma com o Brasil crescendo 7,5% ao ano e a indústria mais de 10%. Em 2011 o crescimento do PIB minguou para 2,7%. Em 2012 caiu para 0,9%. Em 2013, segundo a FIESP, não vai chegar a 2%. Os índices da indústria estão todos negativos. Só acreditando em Papai Noel é possível achar que se trata da mesma política econômica.
HP - O governo aposta no leilão de Libra e no Programa de Concessões para atrair investimentos privados. O que o partido acha disso?
SR -A equipe econômica nem esconde que a meta é transferir a nossa infraestrutura (portos, aeroportos, rodovias, estradas de ferro, petróleo e gás) para o comando do capital externo. Por isso, temos afirmado que o governo está ficando cada vez mais parecido com o de FHC. Quanto ao leilão de Libra, previsto para o final de outubro, estamos seguros de que ele não ocorrerá, porque seria um crime monstruoso contra o Brasil e o povo não vai permitir que isso aconteça. Na eleição, em debate com Serra na Bandeirantes, a presidente afirmou taxativamente que era "contra a exploração do pré-sal pelas empresas privadas internacionais", porque isso seria "tirar dinheiro do país". E estava certa. Esperamos, sinceramente, que ela, assim como seu partido, reajam. Se o PT não conseguir erguer sua voz contra a entrega de um campo de 12 bilhões de barris (US$ 1,2 trilhão) a multinacionais, quando a lei faculta que ele seja entregue a Petrobrás sem necessidade de qualquer leilão, terá, nesse exato momento, perdido a função social que possibilitou que ele chegasse até aqui.
HP - Estados e municípios estão em dificuldades por conta das obrigações da dívida com a União. As autoridades econômicas não parecem dispostas a negociar a sua redução. Na opinião do PPL qual a saída para o problema?
SR- Não estão dispostas porque querem continuar lançando os bilhões que sugam dos Estados e municípios no superávit primário. Essa é uma das heranças malditas do período FHC - assim como o fator previdenciário. Já está mais do que na hora de varrer esse lixo neoliberal. A saída é governadores e prefeitos se integrarem com o movimento popular para conjuntamente levarem adiante essa luta e obterem uma redução substancial da dívida e seus encargos.
HP- O PPL é a favor do plebiscito da reforma política, proposto pela presidente Dilma?
SR - A pauta prioritária é a mudança da política econômica. A reforma política entrou em cena com um viés diversionista. Mas, dada a histeria que provocou nos próceres da direita, estamos vendo se é possível fazer desse limão uma limonada. O sistema eleitoral brasileiro, baseado no financiamento privado de campanha, fornece ao poder econômico uma arma poderosa para deformar a democracia e abafar a vontade popular. Somos pelo financiamento público de campanha, contra o financiamento empresarial e contra o financiamento privado de pessoas físicas, que é uma forma disfarçada de financiamento empresarial. Hoje, o financiamento público não passa no Congresso. Mas num plebiscito que oponha nitidamente ao financiamento privado o financiamento público (não essa bobagem oportunista de público-privado) vai passar.
SÉRGIO CRUZ - www.horadopovo.com.br
Presidente Nacional Sérgio Rubens no Diretório Nacional do PPL, reunido em São Paulo, convoca todos os filiados para estar a frente das mobilizações para mudar a política econômica do governo Dilma. Unificar os movimentos sociais e os partidos progressistas em torno dos 9 pontos propostos pelas centrais e preparar o 30 de Agosto - Dia Nacional de Paralisação. Com greves e atos públicos em 250 cidades, mais de 2 milhões de manifestantes referendaram a pauta dos trabalhadores no dia 11 de julho: 1 - Jornada de 40h, sem redução de salários; 2 - Contra o PL 4.330, sobre Terceirização; 3 - Fim do fator previdenciário; 4 - 10% do PIB para a Educação; 5 - 10% do Orçamento da União para a Saúde; 6 - Transporte público de qualidade; 7 - Reajuste digno para os aposentados; 8 - Reforma Agrária; 9 - Fim dos Leilões de Petróleo
O Diretório Nacional aprovou por unanimidade o adiamento por 60 dias do calendário do III Congresso Nacional do PPL, que ficou para os dias 23 e 24 de novembro. Decidiu também prorrogar até 15 de agosto o recadastramento dos filiados e convocou a todos os dirigentes e militantes do partido para reforçar a Campanha de Filiação 2013.
CAMPANHA DE FILIAÇÃO 2013
O Diretorio Nacional decidiu organizar a Campanha de Filiação 2013 com o objetivo de atingirmos a meta de 100 mil filiados neste ano. Para isso estabeleceu uma nova contribuição anual do filiado de base, fixada em R$ 15,00 (quinze reais por ano).
A nova contribuição anual poderá ser paga em duas semestralidades de R$ 7,50 e é condição preliminar para validar a filiação.
Fica mantida a tabela atual de contribuições mensais para os dirigentes de todos os níveis e membros do partido com mandatos públicos eletivos e para os que foram nomeados em cargos comissionados, bem como os débitos pendentes destes. Eventuais sanções estatutárias permanecem em vigor para os que ainda estão inadimplentes com suas obrigações partidárias.
O Diretório decidiu também promover um recadastramento dos atuais filiados com base nos novos critérios. Poranto todos os filiados devem preencher novamente suas fichas de filiação, em 4 vias, renovar suas informações cadastrais, atualizar dados de endereço, telefones e email. Os filiados que não se recadastrarem até o dia 15 de maio serão automáticamente desfiliados do partido.
Os filiados que permanecerem até o III Congresso em setembro como filiados de base serão anistiados de seus débitos anteriores e passarão a pagar a anuidade de 15 reais.
Os filiados que forem dirigentes ou vierem a ser propostos até o III Congresso seus débitos anteriores e atuais ficam válidos, não havendo anistia nestes casos e a contribuição será cobrada mensalmente com base na atual tabela de contribuições para dirigentes e cargos eletivos e comissionados. Os filiados não poderão ser dirigentes a menos que coloquem suas contribuições e débitos pendentes em dia, sempre seguindo os critérios de negociação estabelecidos pela Secretaria Nacional de Finanças. Caso não estejam em dia com suas obrigações financeiras e estatutarias deverão permanecer como filiados de base enquanto permanecerem suas pendências com o partido.
O Diretório Nacional do partido decidiu ainda centralizar na Secretaria Nacional de Organização o registro das filiações, que passam a ser realizadas em 4 vias e não mais em 3, sendo a quarta via enviada diretamente para a Secretaria nacional de organização com o endereço de SP, Rua Augusto de Toledo 140, CEP 01542-020 - Aclimação - SP - São Paulo Fone:11 3938-7104. Todas as fichas deverão estar assinadas pelo filiado e abonadas. O pedido de filiação somente contará prazo legal a partir da quitação do boleto de contribuição e afixação do pediso no mural do filiado no site do partido. Serão válidas as filiações para fins de registro no partido e no TSE as que estiverem em dia com o pagamento da contribuição financeira anual do filiado, que tiverem enviado a via original enviada por correio para a sede do partido em São Paulo e assim que tramitare os prazos de impugnação e recursos previstos no estatuto.
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PPL reúne Diretório Nacional e apoia mobilização contra política de superávit primário à custa do país e da população
Sem mexer no superávit primário, não há recursos para melhorar a situação da Saúde, Educação e Transporte, nem para o Brasil retomar o caminho do crescimento, segundo o presidente nacional do Partido Pátria Livre (PPL), Sérgio Rubens de Araújo Torres, em entrevista ao HP. “O setor público não pode continuar entregando aos bancos e fundos R$ 230 bilhões por ano, enquanto deixa de investir no que é prioritário”, afirma. O PPL reuniu seu Diretório Nacional, nos dias 13 e 14 de julho, em São Paulo.
HORA DO POVO- Como a direção do PPL avalia a nova situação política surgida após os recentes protestos de rua ocorridos em todo o país?
SÉRGIO RUBENS - Dilma foi eleita há dois anos e nove meses sob a bandeira de avançar nas mudanças realizadas por Lula. Mas o fato é que retrocedeu em todas as frentes. Abandonou a política econômica de crescimento acelerado com base na elevação do investimento público, recuperação dos salários e expansão do mercado interno, marca registrada do governo Lula, especialmente em seu segundo mandato. Adotou as velhas fórmulas neoliberais de cortar o investimento público para gastar mais com juros e de escancarar o país aos capitais externos, na vã esperança de que daí viriam os investimentos necessários ao nosso desenvolvimento. Cancelou projetos vitais como a reativação da Telebrás; a exploração racional das riquezas do pré-sal, priorizando a engenharia nacional na extração e no refino; a construção de uma indústria da defesa à altura dos nossos desafios. Travou a recuperação do salário mínimo, arrochou o funcionalismo, fez campanha contra o aumento do salário real em todas as categorias. O resultado é que o crescimento econômico desabou, os serviços públicos deterioraram, a situação do povo piorou e o otimismo foi dando lugar a um mal-estar que mais cedo ou mais tarde iria explodir na ruas.
HP - O partido viu alguma diferença entre as manifestações de junho e o ato das Centrais e Movimentos Sociais realizado no último dia 11 de julho?
SR - Em junho a mídia golpista pegou carona na luta pela redução da tarifa dos transportes, que era justa, procurando desvirtuá-la de todos os modos, martelando suas bandeiras reacionárias e promovendo mascarados e coxinhas a manifestantes. Houve alguma confusão: passe livre, abaixo a Copa, abaixo os políticos, os partidos, impeachment da presidente etc... Mas as Centrais Sindicais e os Movimentos Sociais limparam a área e estão direcionando as manifestações para o rumo certo, com uma pauta de nove pontos que podem ser sintetizados numa frase: Mudança da política econômica, já!
HP- Qual a opinião do partido sobre a proposta de pacto dos cinco pontos apresentado pela presidente Dilma?
SR - Não é uma proposta séria, pois o primeiro ponto é não mexer no superávit primário, ou seja, no dinheiro que é tirado do orçamento para ser gasto com juros. E sem mexer nesse caixa não há recursos para melhorar a situação da Saúde, Educação e Transporte, nem para o Brasil retomar o caminho do crescimento. O setor público não pode continuar entregando aos bancos e fundos R$ 230 bilhões por ano, enquanto deixa de investir no que é prioritário.
HP - A presidente anunciou ampliação de recursos para o SUS, defendeu projeto que destina 100% dos royalties do petróleo para a Educação e disse que vai liberar mais R$ 50 bilhões para Mobilidade Urbana. Como O PPL vê essas medidas?
SR - Não houve ampliação de recursos para o SUS. Por isso, a pauta dos trabalhadores está cobrando 10% da receita corrente bruta para a Saúde, que retoma o patamar da Emenda 29, aprovada no Congresso e vetada por Dilma em janeiro de 2012. Isso significa para a Saúde mais R$ 35 bilhões por ano, além do atual limite mínimo constitucional. Na proposta da presidente, as despesas com contratação emergencial de médicos, ativação de hospitais universitários e o segundo ciclo da graduação - medidas muito bem-vindas, que contam com nosso integral apoio - deverão correr fundamentalmente por conta dos combalidos orçamentos dos Ministérios da Saúde e Educação. É uma razão a mais para que eles sejam elevados. A MP que o governo encaminhou ao Congresso sobre royalties do pré-sal para a Educação era irrisória, previa apenas R$ 25 bilhões ao longo de 10 anos (2,5% do Orçamento do MEC). A Câmara multiplicou esse valor por 12, e destinou 75% do bolo para a Educação e 25% para a Saúde. Por pressão do governo, o Senado cortou R$ 171 bilhões. E a Câmara está lutando contra essa pressão para repor os R$ 171 bilhões. Mas é preciso não esquecer que os royalties do pré-sal só começarão a entrar em volume apreciável a partir de 2017. Sobre mobilidade urbana, até agora só ouvimos falar dos projetos ligados à Copa, que já estavam em execução.
HP- Como o PPL interpreta a decisão anunciada pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, de garantir “a qualquer custo” o cumprimento da meta de superávit primário para este ano?
SR - É uma decisão insustentável.
HP- O que achou da decisão do Banco Central de subir mais meio ponto percentual na taxa de juros (Selic) na véspera do protesto convocado pelas Centrais Sindicais?
SR - Lamentável sob todos os aspectos.
HP - Setores do governo e do PT têm afirmado que a política econômica dos últimos dez anos - governo Lula e Dilma - é vitoriosa e não deve mudar. Qual a opinião do PPL?
SR - Lula passou a faixa à Dilma com o Brasil crescendo 7,5% ao ano e a indústria mais de 10%. Em 2011 o crescimento do PIB minguou para 2,7%. Em 2012 caiu para 0,9%. Em 2013, segundo a FIESP, não vai chegar a 2%. Os índices da indústria estão todos negativos. Só acreditando em Papai Noel é possível achar que se trata da mesma política econômica.
HP - O governo aposta no leilão de Libra e no Programa de Concessões para atrair investimentos privados. O que o partido acha disso?
SR -A equipe econômica nem esconde que a meta é transferir a nossa infraestrutura (portos, aeroportos, rodovias, estradas de ferro, petróleo e gás) para o comando do capital externo. Por isso, temos afirmado que o governo está ficando cada vez mais parecido com o de FHC. Quanto ao leilão de Libra, previsto para o final de outubro, estamos seguros de que ele não ocorrerá, porque seria um crime monstruoso contra o Brasil e o povo não vai permitir que isso aconteça. Na eleição, em debate com Serra na Bandeirantes, a presidente afirmou taxativamente que era "contra a exploração do pré-sal pelas empresas privadas internacionais", porque isso seria "tirar dinheiro do país". E estava certa. Esperamos, sinceramente, que ela, assim como seu partido, reajam. Se o PT não conseguir erguer sua voz contra a entrega de um campo de 12 bilhões de barris (US$ 1,2 trilhão) a multinacionais, quando a lei faculta que ele seja entregue a Petrobrás sem necessidade de qualquer leilão, terá, nesse exato momento, perdido a função social que possibilitou que ele chegasse até aqui.
HP - Estados e municípios estão em dificuldades por conta das obrigações da dívida com a União. As autoridades econômicas não parecem dispostas a negociar a sua redução. Na opinião do PPL qual a saída para o problema?
SR- Não estão dispostas porque querem continuar lançando os bilhões que sugam dos Estados e municípios no superávit primário. Essa é uma das heranças malditas do período FHC - assim como o fator previdenciário. Já está mais do que na hora de varrer esse lixo neoliberal. A saída é governadores e prefeitos se integrarem com o movimento popular para conjuntamente levarem adiante essa luta e obterem uma redução substancial da dívida e seus encargos.
HP- O PPL é a favor do plebiscito da reforma política, proposto pela presidente Dilma?
SR - A pauta prioritária é a mudança da política econômica. A reforma política entrou em cena com um viés diversionista. Mas, dada a histeria que provocou nos próceres da direita, estamos vendo se é possível fazer desse limão uma limonada. O sistema eleitoral brasileiro, baseado no financiamento privado de campanha, fornece ao poder econômico uma arma poderosa para deformar a democracia e abafar a vontade popular. Somos pelo financiamento público de campanha, contra o financiamento empresarial e contra o financiamento privado de pessoas físicas, que é uma forma disfarçada de financiamento empresarial. Hoje, o financiamento público não passa no Congresso. Mas num plebiscito que oponha nitidamente ao financiamento privado o financiamento público (não essa bobagem oportunista de público-privado) vai passar.
SÉRGIO CRUZ - www.horadopovo.com.br
Presidente Nacional Sérgio Rubens no Diretório Nacional do PPL, reunido em São Paulo, convoca todos os filiados para estar a frente das mobilizações para mudar a política econômica do governo Dilma. Unificar os movimentos sociais e os partidos progressistas em torno dos 9 pontos propostos pelas centrais e preparar o 30 de Agosto - Dia Nacional de Paralisação. Com greves e atos públicos em 250 cidades, mais de 2 milhões de manifestantes referendaram a pauta dos trabalhadores no dia 11 de julho: 1 - Jornada de 40h, sem redução de salários; 2 - Contra o PL 4.330, sobre Terceirização; 3 - Fim do fator previdenciário; 4 - 10% do PIB para a Educação; 5 - 10% do Orçamento da União para a Saúde; 6 - Transporte público de qualidade; 7 - Reajuste digno para os aposentados; 8 - Reforma Agrária; 9 - Fim dos Leilões de Petróleo
O Diretório Nacional aprovou por unanimidade o adiamento por 60 dias do calendário do III Congresso Nacional do PPL, que ficou para os dias 23 e 24 de novembro. Decidiu também prorrogar até 15 de agosto o recadastramento dos filiados e convocou a todos os dirigentes e militantes do partido para reforçar a Campanha de Filiação 2013.
CAMPANHA DE FILIAÇÃO 2013
O Diretorio Nacional decidiu organizar a Campanha de Filiação 2013 com o objetivo de atingirmos a meta de 100 mil filiados neste ano. Para isso estabeleceu uma nova contribuição anual do filiado de base, fixada em R$ 15,00 (quinze reais por ano).
A nova contribuição anual poderá ser paga em duas semestralidades de R$ 7,50 e é condição preliminar para validar a filiação.
Fica mantida a tabela atual de contribuições mensais para os dirigentes de todos os níveis e membros do partido com mandatos públicos eletivos e para os que foram nomeados em cargos comissionados, bem como os débitos pendentes destes. Eventuais sanções estatutárias permanecem em vigor para os que ainda estão inadimplentes com suas obrigações partidárias.
O Diretório decidiu também promover um recadastramento dos atuais filiados com base nos novos critérios. Poranto todos os filiados devem preencher novamente suas fichas de filiação, em 4 vias, renovar suas informações cadastrais, atualizar dados de endereço, telefones e email. Os filiados que não se recadastrarem até o dia 15 de maio serão automáticamente desfiliados do partido.
Os filiados que permanecerem até o III Congresso em setembro como filiados de base serão anistiados de seus débitos anteriores e passarão a pagar a anuidade de 15 reais.
Os filiados que forem dirigentes ou vierem a ser propostos até o III Congresso seus débitos anteriores e atuais ficam válidos, não havendo anistia nestes casos e a contribuição será cobrada mensalmente com base na atual tabela de contribuições para dirigentes e cargos eletivos e comissionados. Os filiados não poderão ser dirigentes a menos que coloquem suas contribuições e débitos pendentes em dia, sempre seguindo os critérios de negociação estabelecidos pela Secretaria Nacional de Finanças. Caso não estejam em dia com suas obrigações financeiras e estatutarias deverão permanecer como filiados de base enquanto permanecerem suas pendências com o partido.
O Diretório Nacional do partido decidiu ainda centralizar na Secretaria Nacional de Organização o registro das filiações, que passam a ser realizadas em 4 vias e não mais em 3, sendo a quarta via enviada diretamente para a Secretaria nacional de organização com o endereço de SP, Rua Augusto de Toledo 140, CEP 01542-020 - Aclimação - SP - São Paulo Fone:11 3938-7104. Todas as fichas deverão estar assinadas pelo filiado e abonadas. O pedido de filiação somente contará prazo legal a partir da quitação do boleto de contribuição e afixação do pediso no mural do filiado no site do partido. Serão válidas as filiações para fins de registro no partido e no TSE as que estiverem em dia com o pagamento da contribuição financeira anual do filiado, que tiverem enviado a via original enviada por correio para a sede do partido em São Paulo e assim que tramitare os prazos de impugnação e recursos previstos no estatuto.
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