Confrontos e explosões foram registrados neste domingo em um campo de refugiados iranianos no Iraque, onde a polícia e os refugiados negam a responsabilidade pelas hostilidades que deixaram 44 mortos, segundo um grupo de oposição ao regime de Teerã.
Os Mujahedines do Povo denunciaram um "ataque mortal lançado sob a ordem (do primeiro-ministro iraquiano Nuri) al-Maliki" e afirmou que 44 de seus membros foram mortos durante uma ofensiva pelas forças de segurança contra o campo de Achraf, cerca de 40 km a nordeste de Bagdá, perto da fronteira iraniana.
As autoridades iraquianas negam o ataque ao campo.
Os Mujahedines forneceram a identidade de 35 pessoas que, segundo eles, foram mortas. Várias vítimas foram encontradas "degoladas e fuziladas".
"Fuzilar pessoas desarmadas e indefesas representa um crime contra a humanidade", indignou-se a presidente do Conselho Nacional da Resistência Iraniana (CNRI), Maryam Radjavi.
A presidente pediu às Nações Unidas o "envio de capacetes azuis da ONU para Acharf para a proteção dos habitantes".
Um coronel da polícia afirmou à AFP que cinco morteiros caíram sobre o campo, o que provocou a ira dos refugiados que atacaram os soldados responsáveis pela segurança do campo, matando dois entre eles.
E o responsável iraquiano do campo, Haki al-Charifi, negou qualquer ataque das forças de segurança contra o campo.
O campo de Achraf abriga uma centena de membros dos Mujahedines.
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