11.701 médicos inscritos no programa Mais Médicos do Governo Federal.

Ministra critica falta de disposição de médicos em atuar no interior do País

Responsável pela a articulação política do governo, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) aproveitou sua participação no programa de rádio “Bom Dia, Ministro” para prestar esclarecimentos sobre o programa Mais Médicos. Dentre as iniciativas do projeto, a que enfrenta a maior resistência da categoria é a chamada “importação” de profissionais estrangeiros para atuar no interior do País e nas periferias de grandes cidades.​ “Não há a menor hipótese de nós não contratarmos os 10 mil médicos previstos nesta primeira etapa”, afirmou a ministra, lembrando que a prioridade será para médicos brasileiros, seguidos de brasileiros formados no exterior e, por fim, estrangeiros, caso vagas ainda não sejam preenchidas. “É a única forma, não tem outra.”

Os editais de inscrição dos médicos e das prefeituras que desejam solicitar a presença de mais profissionais estão abertos até o dia 25 deste mês. Segundo dados preliminares do governo, até ontem já havia 11.701 médicos inscritos para as 10 mil vagas. “O problema não é falta de médico, é de disposição dos médicos irem a esses lugares”, avaliou Ideli.

A ministra defendeu ainda os investimentos simultâneos em profissionais e infraestruturas do serviço de saúde. Ela criticou a falta de disposição de alguns médicos em ir a determinados municípios, alegando que há hospitais bem equipados nesses locais. “Eu gostaria muitas vezes de perguntar para a população que chega a um posto de saúde aparelhado e o médico não está lá”, indagou. A falta de estrutura dos hospitais, no entanto, é apontada como uma das causas para o desestímulo de médicos em atuar no interior e na periferia.